segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O Templo de Luxor

O Templo de Luxor

O Templo de Luxor, foi iniciado na época de Amenhotep III e aumentado mais tarde por Ramsés II, só foi acabado no período muçulmano. É o único monumento do mundo que contém em si mesmo documentos das épocas faraônica, greco-romana, copta e islâmica, com nichos e frescos coptas e até uma Mesquita (Abu al-Haggag). Este templo era dedicado ao Deus Amon, mas não só, era também dedicado às divindades Mut (esposa de Amon] e Khonsu. As suas dimensões são menores do que as do Templo de Karnak, e ambos são dedicados ao mesmo deus. O seu nome antigo era Ipep-resit, traduzido como "Harém do Sul", referindo-se às festas que uma vez por ano lá tinham lugar, durante estas festas eram transportadas as estátuas de Amon, Mut e Khonsu de Karnak para Luxor. Por volta do século II, o templo foi ocupado pelos romanos, mas foi sendo abandonado gradualmente. Foi coberto pelas areias do deserto, até que em 1881 o arqueólogo Gaston Maspero redescobriu o templo que, se encontrava muito bem conservado. Para iniciar a escavação a vila que entretanto tinha crescido perto do templo teve de ser retirada, apenas permanecendo uma mesquita, construída pelos árabes no século XIII.

O templo de Luxor é um dos mais fascinantes templos no Egipto. Situado na margem oriental da cidade de Luxor e estende-se do norte para sul. Foi construído pelo rei Amenhotep III (Neb-Maat-Ra) quem era um dos grandes monarcas da dinastia XVIII, e reinou qause entre 1397 a 1360 a.C. O templo foi dedicado à tríade de Tebas; Amon, Mut e Khonso. O rei Ramses II (1290-1223 a.C) adicionou à construção original um grande pátio aberto , um pilono, dois obeliscos e estátuas perante o pilono. O nome deste templo foi “ Ipt-Rsyt” provavelmente significa o santuário meridional, diferenciando-se do santuário Septentrional de Amón que, supostamente, é o templo de KarnaK.

                                                  
     
O arquiteto deste templo era uma figura de grande prestígio chamado Amenhotep filho de Hapo, e era também o famoso vizir do rei Amenhotep III. Foi, de fato, divinizado junto a Imohotep- o grande arquiteto da pirâmide escalonada de Saqqara- devido às suas grandes obras arquitetônicas sobretudo no período Greco-romano. Durante o reinado de Amenhotep III o templo atinge 190 m. de comprimento, mas após as construções acrescentadas por Ramses II passou a ter 256 m. de comprimento e 54 m. de largura. A avenida de esfinges que antecede o portão do templo data do reinado de Nekhanebo I , da dinastia XXX (359-341 a.C aprox.), possui 34 estátuas que representando o rei em forma de um esfinge- cabeça humana e corpo de leão- e enfim forma uma avenida processional na durante as cerimônias . Esta avenida ligava entre a entrada do templo de Luxor e o portão do templo de Khonso, localizado ao sul dos templos de Karank.

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Em frente do pilono construído por Ramsés II havia dois obeliscos de granito rosado, hoje em dia apenas o obelisco oriental ainda está erecto no seu lugar original, enquanto que o obelisco ocidental foi transferida à Praça da Concórdia em Paris desde 1836. O obelisco oriental permanece em frente à entrada do templo tem 22,5 m. de altura, com uma base de 2,5 m. de altura, pesando 257 toneladas. Está decorada com quatro macacos entalhados como se estivessem gritando ao nascimento do sol. Também na base do obelisco, nome e título do rei Ramses II estão gravados junto a relevos que ilustram o rei fazendo oferendas ao deus Amon.

O pilono de Ramsés II com 65 m. de comprimento e 24 m. de altura tem a sua fachada decorada de cenas das batallhas ocorridas contra os Hititas, na Ásia, no ano V do reinado do monarca. Além disso na parte inferior do pilono existe uma descrição completa da batalha de Qadish, escrita em Hierólglifos num estilo poético. Na fachada das duas torres do pilono existe quatro reentrâncias; dois em cada torre, dedicadas a fixar os mastros que um dia levavam bandeiras do templo. Havia quatro estátuas erguidas em frente do pilono, dois em cada lado do portão, infelizmente apenas permanece atualmente uma que representa o rei Ramses II. Antes de entrar o templo encontram-se duas estátuas colossais representando o rei Ramses II sentado no seu trono, cada estátua tem 14 m. de altura. Também nos lados do cada trono existe uma estátua pequena representando a rainha Nefertari, esposa principal e a favorita pelo rei.

O pátio externo do templo foi construído por Ramses II. Ao passar a entrada, chega-se aum pàtio vasto aberto, à mão direita encontra-se uma capela tripla de granito rosado que consta de três câmaras pequenas dedicadas à tríade sagrada de Tebas. Esta capela tripla foi construída durante o reinado de Hatashepsut e logo foi usurpada pelo rei Tohotmus III. A câmara central está dedicada a Amón, a ocidental a Mut, e a oriental ao filho Khonso. Na câmara de Amón , no centro, está ornamentada com relevos representam o rei Tohotmus III numa posição religiosa, correndo ritualmente diante de Amón. Lá também os cartuchos de Merenpetah( a Dinastia XIX) estão gravados, enquanto as paredes das outras capelas- de Mut e Khoso- estão decoradas das barcas sagradas da tríade. O pátio de Ramses II está rodeado de uma fila dupla de 74 colunas com capitéis em forma de capulhos de papiros. Essas colunas estão de facto decoradas de relevos que mostram Ramses II diante de diferentes divindades. Outrora este vasto pátio tinha muitas estatuas do rei Ramses II. Ao lado esquerdo do pátio existe uma mesquita conhecida como A Mesquita de Abou El Hagag que pertence a uma figura religiosa descendente da linhagem do Califa Ali. Era um santo muçulmano que nasceu em Baghdad no séculoXII, parteu para Meca, e logo viajou para o Egipto e instalou em Luxor. Foi conhecido por sua piedade e devoção. Quando faleceu foi sepultado num mausoléu pequeno no lado oeste do pátio de Ramses II, e no século XIX a atual mesquita foi erigida. E curioso saber que há um grande festival religioso e popular na cidade de Luxor em que se celebra o nascimento deste Imam devoto no dia 14 do mês árabe “Shaban”.

Na parte traseira do pátio aberto encontra-se uma representação na parede que revela a fachada inicial autêntica do templo do Luxor durante o reinado de Ramses II, com apenas um colosso sentado e duas estátuas a pé, também com um obelisco em cada lado em frente da entrada. Além da fachada do templo, filhos de Ramses II, e animais sacrificais, a rainha Nefretari está representada aguardando duas sistras. Detrás dela existe infantes e princesas, e como sabemos o rei Ramses II era polígamo e tinha quase 111 filhos e 67 filhas. No fundo do pátio aberto há uma entrada que conduz a uma sala retangular conhecida como a Colunata.
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Sem dúvida esta colunata foi construída por AmenhotepIII e logo foi decorada por Tutankhamon, e Hormohep mas também os nomes de Seti I, RamsesII, e Seti I foram gravados lá. A colunata compreende 7 pares de colunas com capitéis em forma de capulhos de papiros abertos. Na realidade essas colunas formavam uma avenida processional que conduzia a um pilono. Provavelmente Amenhotep III intentava de erigir uma Sala Hipóstila neste lugar e essas colunas foram o primeiro passo para cumprir essa estrutura. De qualquer modo as duas paredes da colunata retangular foram decoradas por Tutankhamon e Hormohep com cenas do festival do Opet. O Opet era grande festival que se celebrava durante o segundo mês da estação da cheia e continuava 24 dias. No festival do Opet As barcas sagradas da tríade do Karnak visitavam o templo de Luxor e regressava outra vez ao su lugar no Carnac. Ao entrar a colunata vamos encontrar que a parede oriental está entalhada com cenas que representam a ida da procissão, o visitante pode ver nesta parede a partida da procissão; sacerdotes com túnicas brancas carregam as barcas sagradas nos ombros, saindo do templo de Amon-Re no Carnac com direção à beira do rio Nilo. Outra cena mostra as barcas sagradas no rio navegando ao sul em grande procissão, enquanto o povo está a aplaudir numa maneira ritual,e as acrobatas exercem movimentos de ginástica.
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Podemos ver lá também sacerdotisas que estão a tremer sistras, pessoas dançam e outras estão ajoelhando. Os animais de sacrifício estão na margem , Mut e Khonso estão no templo de Luxor em grande cerimônia. A parede ocidental da colunata está decorada de um conjunto de cenas representam a volta da procissão das barcas sagradas ao templo do Carnac. Primeiro vemos os bois de sacrifício que estão guiados a um certo lugar por soldados, estandartes, e escravos núbios. A parede ocidental está ornamentada com cena revelao regresso da procissão; as barcas sagradas no rio navegando para norte voltando-se ao Karnak. Ofertas e animais sacrificais dedicadas a Amón, e finalmente Mut e Khonso no templo do Karnak.

            
Este pátio tem 52 m. de comprimento e 46 m.de latitude. Contem por três lados uma fila dupla de redondas colunas com capitéis na forma de capulhos de papiros. Na realidade essas colunas mostram junto as colunas da sala hipóstila o grande esplendor da arquitectura egípcia antiga no tempo de Amenhotep III em particular e no período da dinastia XVIII em geral. A parte norte deste pátio constituía originalmente a entrada do templo durante o reinado de amenhotep III, mas o plano foi alterado por causa da construção da colunata.

A Sala Hipóstila do templo de Luxor é uma das mais belas salas dos templos egípcios antigos, às vezes está conhecida como o vestíbulo. Consta de 32 colunas gigantescas divididas em quatro filas. Em frente das colunas centrais ainda se encontram arquitraves entalhadas com cartuchos do rei Sobek-Hotep III quem era um dos monarcas da dinastia XIII, o que suponha que esta parte foi trouxe de um templo antecedente provavelmente data do tempo deste rei. As colunas levam os cartuchos de Seti I , Ramses II , Ramses IV , e Ramses VI. Ao lado esquerdo da Sala Hipóstila existe um altar entalhado com inscrições dedicadas ao imperador Romano Augusto. Ao lado direito há uma cena que mostra o rei Amenhotep III levar ofertas e está matando uma gazela perante Amon. As paredes estão entalhadas com cenas representam o rei Amenhotep adorando a tríade de Tebas. No fundo da Sala Hipóstila, aos ambos lados encontram-se duas capelas, a direita está dedicada à deusa Mut, e a esquerda está dedicada ao deus Khonso. Ao este da capela de Khonso há uma escalera que conduz ao tecto do templo. A Sala Hipóstila conduz a uma sala que é conhecida como a antecâmara.
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Originalmente esta antecâmara continha 8 colunas, mas foram demolidas quando a antecâmara foi convertida pelos Cristãos a uma igreja no século IV. Na parede meridional tinha uma apside entre duas colunas de granito. Por isso os relevos antigos estavam cobertas com uma camada de pintura branca decorada com cenas Cristãs que hoje em dia estão mal arruinadas. A parede septentrional está decorada de cenas distintas que representam uma procissão que inclui o rei, os sacerdotes, e os músicos. No oste há uma passagem conduz a uma câmara lateral com 3 colunas mas a maioria das cenas entalhadas nas suas paredes infelizmente estão de más condicões mas são de grande importância pois representam o Nascimento Divino do rei Amenhotep III.

Sem dúvida este rei executou esta medida propagativa para legitimar o seu poder pois a sua mãe não era egípcia mas era a filha do rei de Mitania na Asia. O que o rei fez exatamente era confirmar a sua posse do trono e a sua subida ao trono, queria apenas divulgar uma história falsa sobre o seu origem divino, quando pretendeu que fosse o filho do deus Amon-Re. isto significa que a sua ascensão ao trono é legal nos olhos do povo, e por outro lado ser rei do Egipto era a vontade própria do deus Amón-Ra. Esta história pretensa está ilustrada com detalhes em três filas ou registros na parede spetentrional da câmara. A história começa por abaixo, da direita à esquerda, Amón-Rae a rainha Mwt-m-wia, estão a abraçar. Amón finge-se na forma do rei Tohutmus IV ( o pai de Amenhotep III) acompanhado pelo deus Djohoti (Thot) dirigindo-se ao quarto da rainha. Amón e a rainha estão sentados intimamente sobre o símbolo do céu (Pt) suportado pelas deusas Selket e Neith. Amón revela a sua divindade, dando respiro e símbolo de vida à rainha, mandando dar o nome Amenhotep ao bebê que ia nascer. O bebê Amenhotep e a sua Ka estão representados criados sobre a roda do barreiro do deus Khnom (deus da criação) enquanto Isis concede a vida a uma das duas figuras. O segundo registo começa da esquerda à direita; a rainha está acompanhada pelo deus Khnom e Hathor entrando ao quarto do parto. As deusas concernadas pelo parto estão presentando o bebê ao deus Amón. O terceiro registo inicia-se do lado direito mostrando umas deusas cuidando do bebê recém nascido, e está amamentando de várias deusas e de uma vaca. Ultimamente Amenhotep III está represenatdo como um adulto recebendo purificação e benções das diversas divindades. A Câmara do Nascimento divino conduz a outra câmara com três colunas, mas lá os relevos estão muito arruinados.

Este santuário é um pequeno e de forma quadrada, originalmente contem quatro colunas. Na realidade o interior deste Santuário foi reconstruído por Alexandre o Grande, por isso demoliu as quatro colunas e construí um santuário aberto pelo norte e sul e ocupa hoje em dia o centro do quarto. As paredes exteriores do santuário estão entalhadas com cenas que ainda mantêm vestígios de cores. Em geral as paredes interiores como as exteriores do santuário de Alexandre o Grande estão decoradas de cenas que revelam o rei macedoniano Alexanrde o grande rezando perante as diversas divindades. A parede ocidental do santuário tem um texto Hieroglífico mencionando o nome do rei Filipe Arrideu, o meio irmão de Alexandre o Grande. Felizmente Alexandre o grande não omitiu as cenas originais nas paredes do santuário, levada a cabo por Amenhotep III. Estes relevos ilustram o rei Amenhotep III perante vários deuses, fazendo ofertas à barca de Amón. Acredita-se que este santuário continha uma estátua de ouro de Amón.

Ao passar o Santuário de Alexandre o Grande chega-se a um segundo vestíbulo, que também se chama “A Segunda Antecâmara. Essa sala que às vezes se denomina do primeiro quarto da mesa de ofertas inclui quatro colunas cujos capitéis etãp estilizando a flor de papiros. As paredes dessa câmara estão revistas com relevos que mostram Amenhotep II fazer oferendas à tríade de Tebas, rodeado de vários divindades. Esta antecâmara conduz a uma sala pequena retangular conhecida como o segundo quarto da mesa de ofertas.

A Sala Transversa, conhecida também como O Segundo Quarto da Mesa de Ofertas,é uma sala retangular, contêm 12 colunas, mas as cenas lá então muito arruinada. As vezes esta sala é conhecida como o 2o quarto da mesa de ofertas. A sala transversa conduz ao Santuário principal do templo.

O santuário é uma câmara obscura pequena de quatro colunas em forma de feixes de papiros onde uma imagem de Amón foi guardado dentro de um sacrário repousado sobre um pedestal de pedra. As paredes do santuário estão decoradas de cenas representam rituais religiosos, mas chama atenção a cena que mostra o rei Amenhotep III dançar perante o deus Amón.Enquanto as Paredes exteriores do santuário estão revistas de inscrições e cenas distintas da batalha famosa “Qadich” entre o rei Ramses II e Os Hititas. Enfim o Santuário está rodeado de vários quartos que servem de depósitos de tesouros e utensílios sagrados do templo.
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domingo, 7 de novembro de 2010

DIA 01 – Cairo

Após longa viagem chegamos ao Egito. Muito bom ter contratado o transfer, pois o aeroporto é uma loucura de gente. Diz o guia (Nasser, que fala um português razoável) que o Ramadan terminou há dois dias e o pessoal esta voltando de Meca, daí porque a grande quantidade de gente no aeroporto.
Chegamos ao Hotel Sphinx, cinco estrelas, muito lindo. Da porta do hotel dá pra ver a pirâmide de Queops. Jantamos no hotel mesmo, um burguer de carneiro (nada diferente do nosso) e tomei uma cerveja local: SAKARA (nível Heineken). Saímos para pegar o show de luzes na planície de Guizé. Como  já tinha lido na internet, o porteiro do Hotel chama um amigo pra fazer a corrida. Na portaria o funcionário me informou que um taxi até a pirâmide sai LE $ 20,00 (R$ 6,00), mas por comodidade de primeiro dia acabei fechando com o amigo do porteiro por LE$ 60,00, ida e volta.

O ingresso do show custa LE$ 75,00 por pessoa (R$ 25,00), e ainda tinha uma taxa de LE$ 35,00 se quisesse entrar com a câmera. Ficou de fora mesmo. Compensa mais comprar o DVD do show completo. Estava previsto no site que hoje era dia de show em espanhol, mas foi em Italiano. Menos mal que tem um radio  que traduz para todas as línguas (menos português é claro). O show é muito bonito, mas nada excepcional. Coisa pra turista. Espetáculo de luzes, som e lazer que conta um pouco da historia das pirâmides. O transito é uma loucura, mesmo às 11 da noite, É um buzinasso mesmo (é uma 100 vezes mais louco que Belem do Pará). Fim da linha, pois estamos exaustos da viagem.


Dia 2 – Cairo

Colocamos o relógio para nos chamar as 7:00 hs. Estávamos pensando  chegar cedo nas pirâmides pois dizem que os ingressos para entrar em Queops acaba rápido (são apenas 100 ou 150 por turno -manhã e tarde).

Saindo do Hotel após farto café da manhã, conhecemos Sabet Soliman na porta do Hotel, um velhinho que se diz taxista de turismo. Após negociações de praxe acertamos LE$ 120,00 (R$ 40,00) para ele nos ciceronear o dia inteiro. Podíamos optar por ir para sakara, Menfis ou Museu do Cairo, mas nossa intenção sempre foi curtir Gizé o dia inteiro.  Falei para Sabet (que fala um inglês mediano como o meu) ir direto para pirâmide, pois queria comprar logo o ingresso em Queops. Ele me levou até o guichê e disse que tive muita sorte em conseguir o ingresso.

Para entrar na planície de Gizé custa LE$ 60,00 e só na pirâmide LE$ 100,00 por pessoa. Tem também ingresso para Quefren por LE$ 60,00, mas pra mim uma entrada já estava bom. Sabet nos acompanhou até a frente da pirâmide, aproveitou para tomar umas fotos minha e de Rita e voltou para o estacionamento nos esperar. Algumas fotos preliminares e entramos na pirâmide (não entra com máquina fotográfica nem filmadora – fica guardada com o guarda).

É muito emocionante, após um caminho aberto nas pedras à explosão, chega-se ao corredor de acesso a grande galeria, um corredor inclinado de 1,2 metros de largura com piso de madeira. Sorte que só tinha eu, Rita e 3 velhinhas. Caminha-se semi agachado (ai como dói as coxas). A grande galeria é impressionante, paredes com grandes lajes com pé direito de 8 metros, tão bem encaixadas que não passa uma gilete. Nova agachada e entra-se na câmara do rei. Esta vazia, só tem um sarcófago de pedra muito bem esculpida. A Rita começou a passar mal quando começou entrar uma excursão de japoneses na câmara do rei. Pensamos que não fosse parar mais de entrar gente.

Aproveitamos uma brecha e saímos da câmara, descemos rapidinho a grande galeria, o corredor inclinado e chegamos de volta a saída. O guarda perguntou de onde vínhamos, quando falamos que do Brasil foi o maior entusiasmo (Ronaldinho, Kaka, etc) e ele fez questão de tirar fotos minha e de Rita saindo da pirâmide.



Fotos externas da pirâmide e começamos a dar a volta para a ala sul da pirâmide e começamos a ver a pirâmide de Quefren. Fotos de praxe de segurar a pirâmide, que a Rita não acertou nenhuma pra variar. 


Acabamos caído na mão de 2 guardas da policia que nos levou numas pedras pra tirar essas fotos engraçadas com a pirâmide. Custo de US$ 2,00 (queriam mais, mas ficou por isso mesmo).
Sede total. Esquecemos de levar água no passeio e acabamos caindo na mão dos cambistas, que vendem água e Pepsi, e acabam empurrando um monte de bugigangas que inicialmente seriam regalos, mas acabou custando uns LE$ 20,00. Teve resgate de alguns regalos porque eles acharam pouco. Compramos Pepsi que é de latinha e não tem mutreta.

Fomos ao museu da barca, que fica bem a frente do lado oeste da pirâmide de Queops. Super interessante, uma barca funerária que foi achada desmontada e intacta em 1.954. Agora esta toda montada. Aqui pode sacar fotos sem flash. Ingresso de LE$ 50,00/ pessoa.   

Voltamos ao estacionamento encontrar Sabet, que então nos levou a vista panorâmica das pirâmides. Pega um estradinha interna da planície, pra variar com transito e muito buzinasso pra não perder o costume.

Chegando lá Sabet nos apresentou o chefe da camelada. Nova negociação e fechado um passeio curto por LE$ 170,00 para os dois. Muito legal, vale a pena conferir e não achamos camelo fedido como muitos dizem. Tiramos fotos no camelo com as pirâmides ao fundo. Aproveitei para vestir a camisa do verdão pra ficar registrado.



Ultima etapa, Sabet nos levou a esfinge. Deixou-nos na frente e combinou nos pegar na frente do pizza hut, que tem em frente da esfingie. Passeamos ao lado da esfinge, com novas fotos erradas da Ritinha tentando fazer parecer que eu estava beijando a esfinge e após a volta completa, saímos exaustos dispostos a ir embora, se bem que Sabet ainda queria nos levar a um museu, que não entendi qual seria. Acabamos comendo no pizza hut, pois não encontramos Sabet. Na saída lá estava ele, nos levou de volta ao hotel após aquela tradicional cantada pra chamarmos ele outro dia para passeios diversos.



Merecido descanso na piscina do hotel, com as pirâmides de fundo de tela e regadas a umas cervejinhas Sakara. Saímos do hotel as 9 Hs da manhã, retornando as 16 Hs, portanto 7 horas de passeio em Gizé. As excursões fazem isso em 1,5 a 2 hs. Depois a turma volta reclamando que não viu nada!!! Um casal de brasileiros de Goiania que conhecemos no avião fez esse passeio em Gizé e depois seguiu para Museu do Cairo. Quem tem animo pra ver museu depois de passar uma visita desgastante em Gizé???

Para terminar o dia fomos a noite ao Hotel Oberoi Mena House para comprar uma camiseta que a namorada do Edilon (Vera) tinha indicado, de fio 100 % egípcio com nome escrito em cartucho. Tinha que fazer encomenda, assim acabei comprando uma escrito “Egito” em hieróglifo. Jantamos no Mena House uma comida maravilhosa e cara.

Dia 3 – Cairo - Luxor

Tivemos que acordar cedo pois o vôo para Luxor saia as 9 Hs. Um guia chamado Mohamed Ali veio nos buscar as 6 hs. Chegamos em Luxor,  maior calor (delicia). Fomos recebidos pelo Tito, um egípcio que fala espanhol e fomos levados para o barco Sonesta- San George. O Tito nos informou que esse é o barco mais luxuoso do Nilo. E como diria o “Ataide Patrese”: é um luxo!!!
Sonesta San George

Nossa, o barco é mesmo um luxo, estamos nos sentindo um casal de lordes. Almoço e uma descansadinha e saímos para o passeio da tarde com o guia Saladino. Vamos conhecer os templos da parte leste de Luxor. Uma coisa interessante: é que o sol nasce a leste, nascimento é vida e assim todas as moradias, palácios e templos fica do lado leste em relação ao Nilo. No lado oeste, onde o sol se põe, ficam os cemitérios e tumbas.

Começamos visitando o templo de Karnak. Esse templo é dedicado ao deus Amon, sua esposa mut e filho khonsu. Uma obra monumental, mas como sempre nessas excursões guiadas tudo tem que ser feito a ”toque de caixa”. Uma explicação sobre a estrutura do templo, as principais fases da construção e acabamos no lago sagrado em frente do escaravelho que dá sorte para quem dá três voltas no sentido anti-horario. Tinha lido que são 7 voltas, mas acho que acabaram simplificando as voltas para ir mais rápido o passeio. Acabada a breve explicação, temos 30 minutos para tirar fotos, o que mal dá pra tirar umas fotos gerais.
Templo de Karnak



Partimos de Karnak para o templo de Luxor, um templo dedicado aos mesmos deuses, mas em menor tamanho e mais bem conservado. O Templo de Luxor, foi iniciado na época de Amenhotep III e aumentado mais tarde por Ramsés II, só foi acabado no período muçulmano. É o único monumento do mundo que contém em si mesmo documentos das épocas faraônica, greco-romana, copta e islâmica, com nichos e frescos coptas e até uma Mesquita (Abu al-Haggag).
Pilone do templo de Luxor

Voltamos ao barco e depois de um bom banho de banheira com hidro massagem, veio um jantar sofisticado regado a um vinho tinto chamado “Omar Kayant”, que escolhi na carta, simpatizando com o nome do poeta do vinho. Não é grande coisa, nível Dona Paula, 3 segundos de persistência e uma nota 85 no Maximo. Mas não era um vinho agressivo. 

Dia 4 – Luxor - Esna

Hoje a coisa começou brava, pois estava marcado com o guia para sair as 6 horas da manhã. Taca acordar as 5 da matina. Bem saindo praticamente no horário lá foram os turistas de língua espanhola com o guia Saladino. Chegamos ao vale dos reis antes das 7 hs. É impressionante a montanha de arenito que eles cavam um túnel pra fazer o tumulo do faraó. Visitamos as tumbas de Ramesses IX, Ramesses III e Ramesses VI. A tumba de Tutankamom não esta incluído no ingresso, tinha que pagar separado e o tempo é contado, portanto fica para a próxima. Entrar, ver e sair. Maquina fotográfica nem pensar, é bloqueado na entrada.
Templo de El Deir El Bahari - Hatshepsut


Saindo do vale dos reis fomos para o templo de El Deir El Bahari, ou tumba te Hatshepsut, a única rainha do império novo que governou 20 anos. Seu enteado Tutmes III, quando tomou o trono mandou apagar vários painéis que tinha nas paredes e colocar a sua no lugar. O lugar é maravilhoso, mas com ritmo de excursão pouco se consegue ver e fotografar. Como em todo lugar, gente vestida de árabe querendo sair nas fotos para cobrar uma gorjeta.

Daí fomos a uma loja de artesanato, que o guia diz ser feita de maneira tradicional, pois são poucos os que tem autorização do governo para retirar a pigmentação das pedreiras. Os fajutos pintam com tinta. De qualquer forma tinha coisas bonitas e acabamos comprando uma pedra esculpida com a cerimônia da abertura da boca e um escaravelho de pedra. Tudo, LE$ 150,00.

Encerrada a seção comissão do  guia fomos ao vale das rainhas, onde visitamos a tumba da rainha Titi (esposa de Ramesses III) e uma tumba de dois filhos da rainha. Essa possui uma múmia de um feto de 7 meses e o sarcófago de pedra do filho maior. Aqui as pinturas são impressionantes pela qualidade das cores. 

Explica o guia que a pigmentação era com pó de pedra misturado com um óleo vegetal. Nessa tumba do filho de Ramesses as pinturas parecem que tem 3 anos e não 3 mil anos. Nas cenas pintadas na parede predominam o Faró Ramesses III apresentando seu filho aos deuses.

De volta para o barco ainda uma parada pra ver o colosso de Menon, um par de esculturas que ficava na frente do templo construído por Amenofis III, destruído no terremoto de 27 ac, restando só as estatuas. Milagre, não paga nada pra ver essa atração.
Colosso de Menon

Chegamos ao barco as 10:30, ou seja pouco mais de 4 horas pra todas essas atrações. O barco zarpou as 12:30 hs em direção a Esna. No caminho passamos pela eclusa da barragem do Nilo. A Ritinha já ia caindo na compra do jogo de sala de jantar que os meninos vendem do lado de fora do berço. Eles arremessam o produto enrolado no saco, fechando o preço você devolve um saco com o dinheiro. O garçon do bar da piscina veio alertar que o produto era vagabundo, a tinta sai com cuspe.

A noite mais um jantar sofisticado, hoje regado a um vinho Obelisk White, um varietal pinot Blanc. Melhor que o red de ontem, mas nada excepcional. Daí fomos ao bar do navio que estava programado um show de dança. La foi a Ritinha pagando o maior mico, sendo puxada pelo egípcio para a pista. E quando eu tava na maior gozação, sobrou pra mim. A dança acabou num carnaval, “hiper animado” por meia dúzia de velhotas. 
Tradicionais micos




Dia 5 – Edfu e Kom Mombo

Hoje o dia já começou mais tranqüilo, pois deu pra acordar mais tarde porque a saída para o passeio era as 9 Hs. O barco estava atracado em Edfu e hoje de manhã esta programada a visita ao templo de Horus em Edfu. Interessante que os barcos param um do lado do outro, portanto para sair para o porto tem que passar por dentro do outros barcos.

O templo é bem perto do ancoradouro, daria até pé. A maioria das agencias leva os turistas de charrete que é mais pitoresco. Nosso grupo foi de Van mesmo. Passa no meio da cidade que é muitíssimo pobre.

O templo é maravilhoso, pequeno, mas é o mais bem conservado do Egito, até porque é um dos mais novos já que foi construído pelos Faraós da dinastia Ptolomaica, aproximadamente a 150 ac. O templo é dedicado ao Deus Horus, e la se encontra os conhecidos falcões de pedra muito disputado pra tirar fotos. Tem um falcão na entrada do pilone e 2 falcões na entrada da sala hipostila. Hoje resolvi fazer uma tática, passei a filmar o templo no momento que o guia faz as explicações, assim, quando do tempo livre só restaria fotografar. Deu super certo e até sobrou tempo.
Pilone do templo de Horus em Edfu

Tradicional foto com o deus falcão

Conseguimos assim ir ainda visitar o nilometro que fica na lateral direita do templo. Realmente um buraco que não tem nada, alias tinha é morcego. Conseguir chegar pra tirar foto da barca que fica na sala do santuário é uma aventura, muito cheio. Alias a barca é uma replica pois o original esta em Londres (é brincadeira?).
De se lamentar que os cristãos, quando da ocupação do Egito, mandaram picotar os baixos relevos dos deuses sob alegação de adoração profana. O templo também foi uma igreja, o que danificou as pinturas do teto, todas enegrecidas pelas velas.
Interior do templo

Na saída do templo tem que enfrentar o tradicional corredor de vendedores. Conseguir dribra-los  é uma pratica complicada. Tem que ir andando com os olhos para o chão e não parar pra nada, senão caem matando. Alias para informação a futuros candidatos a vir aqui no Egito, o ingresso do templo é de LE$ 50,00.

Voltamos cedo para o barco e ainda deu pra ir à piscina curtir um sol e tomar uma boa e velha SAKARA.
Almoço e voltamos para a piscina, pois o próximo passeio era em outra cidade as 18 hs. O barco zarpou as 12 hs.

Chega-se a Kom Ombo o mesmo esquema de parar barco do lado de barco. Aqui o templo fica na frente do ancoradouro, é só sair do barco e subir uma escada. Dizem que agora estamos em baixa estação, mas os templos estão lotados, fica-se na fila pra conseguir olhar os relevos nas paredes. O templo aqui está bem destruído, mas ainda tem coisas interessantes registrado nas paredes, como o calendário do ano egípcio e os instrumentos cirúrgicos utilizados na mumificação e nos tratamentos de doentes.

Segui a mesma formula adotada no templo de Horus, filmando durante as explicações e deixando fotos para o final.  Aqui ainda foi bom esse procedimento, pois ao termino da visita já estava praticamente noite.
Templo de Kom Ombo

De noite no barco teria um jantar típico e festa com roupas típicas (galabá). Assim, saindo do templo paramos nas lojinhas pra comprar as roupas. É cansativo, após começar com preço de LE$ 600,00 para duas túnicas a Rita acabou fechando por LE$ 100,00, e o pior é que o guia depois falou que ainda pagamos caro.

A comida é do tipo a base de homus, babaganuge, arroz marroquino, kafta de carne de carneiro e outras coisas do gênero. Não é grande coisa, mas gostamos, principalmente das sobremesas.
A festa é aquele mico de navio. Jogos do tipo: musica da cadeira. Não dá pra ficar de fora. Tem uma pirulona americana, que apelidei de Semenova, que ganhou tudo. Eu fui para um maldito jogo de empurrar batata e fiquei em ultimo. Tinha que agachar e minha coxa ainda esta dolorida da entrada na pirâmide.
O mico faz parte da viagem

Dia 6 – Aswan

Hoje a programação é intensa, mas pelo menos começou mais tarde, pois já estamos em Aswan. O barco atracou logo de manhã. Na manhã tinha previsto um tour em Aswan, começando pela barragem que fornece energia elétrica para todo o Egito, uma obra feita em conjunto com o governo da Russia (ou União Sovietica). Tem até um monumento comemorativo. Essa barragem é que dá origem ao lago Nasser, assim andando na crista da barragem se vê o Rio Nilo de um lado e o lago Nasser a montante. Enfim, vale pela curiosidade, mas nada comparado a uma Itaipu.
Barragem de Aswan

Saindo da barragem fomos a pedreira de granito de onde se extraíram  todos os obeliscos e outras peças em granito dos templos, como o teto da câmara do rei na  pirâmide de Queops. Essa ultima informação foi respondida pelo guia, mas não sei se é verdade, porque eles nunca dizem que não sabem. Enfim, nesse local tem um obelisco inacabado de onde se pode conhecer o método que eu eles utilizavam para extrair as peças. Esse obelisco se quebrou antes de ser retirado e foi deixado. Passeio interessante, mas nada imperdível.

Daí fomos ao templo de Filae, que é um templo dedicado a deusa Isis e que ficava situado na ilha de mesmo nome, mas que submergiu quando da construção da barragem. Aconteceu um esforço da Unesco e o templo foi transportado para ilha de Agilika. Chega-se a ilha com umas barquinhas de motor de popa, uma bagunça, como tudo aqui. É pitoresco. Passamos ao lado do templo quando se esta chegando de barco e é uma visão imperdível.
Pilone do Templo de Isis em Philae

O templo não é muito grande, mas também se encontra semi destruído nos relevos das paredes por conta da passagem dos cristãos pelo Egito. Na sala hipostila se encontram cruzes em baixo relevo cravadas nas paredes e um pequeno altar escavado na parede. Como se trata de um templo relativamente novo tem até uma capela construída pelos Romanos (Imperador Trajano), a estrutura do templo encontra-se praticamente intacta. Esse passeio não se pode perder.

Saindo de Filae fomos à seção de “caça aos turistas”. O guia nos levou para uma fabrica de essências egípcias. Um breve teatrinho de como se fazem os frascos soprados, nada de novo e nos foi indicado um vendedor para oferecer e explicar as essências. Acaba-se sempre comprando alguma coisa, levamos um frasco de vidro para usar como enfeite, uma essência do que se diz ser a base do Chanel nº 5 e uma essência que diz curar dor na ciática. Se esse ultimo funcionar já vai ter valido a pena.

A Rita pediu para o guia levar em um lugar bom pra comprar algodão egípcio e ele nos levou a uma loja chamada “DARWISH”. Uma loja muito chick e com produtos de alta qualidade. Aqui comecei a aumentar minha coleção camisetas, comprei uma branca com inscrição em hieróglifo e duas blusas de moleton com algodão egípcio. A Rita comprou lençol e fronhas tão sonhadas. A conta não foi barata, saiu LE R$ 1.600,00 (R$ 500,00), mas é produto de alta qualidade. As tais de pashimiras vendidas no mercado a R$ 5,00 aqui é mais de R$ 400,00 (evidentemente de outra qualidade). Nessa loja não tem pechincha.

Volta ao barco para almoço e as 15:30 hs saída novamente para o passeio de Feluka, um barco a vela típico do Egito. O passeio sai de um embarcadouro e leva até a ilha de Kitchner, um local onde um Inglês fez sua casa e criou um jardim botânico com palmeiras do mundo inteiro. Vale pelo passeio de Feluka que propicia um visual muito bonito com varias Felukas navegando. Aqui terminaria o roteiro da tarde, mas resolvemos fazer um passeio opcional para uma comunidade Nubia.

Por um preço de US$ 50,00 por pessoa, lá fomos nós, pegamos agora uma velha lancha com motor de popa, aquelas cobertas como existe em Santos. Visual muito lindo, passando ao lado de dunas desérticas.  Paisagem mesclando o Rio Nilo com as dunas. Pena que o Rio Nilo se encontre mal conservado, podendo-se ver alguma sujeira e latas de Pepsi-cola.
Barco indo para aldeia Nubia

Chegamos num embarcadouro da comunidade Nubia, tinha muita gente e muito camelo, uma zona total. O guia pediu pra esperar para ele ir negociar os camelos. Pensamos que fosse tranqüilo andar de camelo como foi em Gizé, mas que nada, não sei se é outra “marca” de camelo, mas a coisa foi terrível. Não conseguia parar no lombo do camelo, parecia que ia cair, e pra piorar, o camelo ainda andava na beirada do barranco. 

Bem chegamos vivos e fomos visitar uma casa núbia. Coisa já preparada para turista. A Rita pegou um filhote de crocodilo no colo, mas o bichinho não gostou muito e quase lhe deu uma dentada na bochecha.
Seguuuuura Crocodilo

Tomamos um refrigerante e experimentamos o pão preto deles molhados numas gororobas tipo rapadura mole. Voltamos de barco para o embarcadouro de Aswan, pegamos um lindo por do sol no Nilo. Não satisfeita a Rita fez o guia nos levar a uma loja que faz a gravação do nome em hieróglifo num cartucho. Ainda bem que tinha junto uma lojinha pra comprar umas miniaturas egípcias. Voltamos para o barco, fomos ao jantar e depois o tradicional rito de despedida do guia e pagamento de caixinha, pra não perder o costume.

sábado, 6 de novembro de 2010

Dia 7 – Aswan – Abu Simbel

Hoje sexta-feira um dia de mudança de hotel, acordamos no horário normal (7 hs), tomamos café da manhã e desocupamos o quarto. Ficamos esperando o guia no lobby do barco. O guia chegou as 11 hs e nos levou para o aeroporto de Aswan. Embarcamos as 13 Hs para Abeu-Simbel num vôo da Egypt air. Rapidinho, 30 minutos de vôo, mal dá pra tomar um copo de água servido pelas  aeromoças. Encontramos um grupo de brasileiros no avião, mas a farra durou pouco pois todos foram para embarcar no cruzeiro pelo Lago Nasser.

Vai gostar de barco, tem gente que saiu do cruzeiro no Nilo e embarcou no lago Nasser. Bem mas fomos levados ao Hotel Seti. É um hotel 4 estrelas, muito pitoresco pois é construído em estilo Nubio. Está um pouco mal administrado, mas não tem jeito porque é o único do local, portanto o melhor.

Acertamos com o guia um pacote com 2 vistas ao templo de Abu Simbel, a noite para o show de luzes e de manhã para entrar no templo. Pagamos US$ 120,00 os dois, um pouco caro já que cada entrada é LE$ 50,00 (R$ 17,00), mas para ir até lá teríamos que ir a pé, pois inexiste taxi e a distancia do hotel ao templo deve ser uns 2 Km. 

Almoçamos no hotel um self service por LE$ 140,00 os dois e fomos para piscina e depois descansar no quarto. O Hotel também fica na beira do Lago Nasser e tem uma vista maravilhosa.
Após o jantar (incluso na diária) o guia passou para nos apanhas as 8 hs e fomos para o templo de Abu Simbel. No sábado, a segunda seção é falada em língua espanhola. Um alivio!

O show de luzes é um espetáculo maravilhoso, indescritível. Pode usar maquina fotográfica mas não adianta nada, porque é muito escuro. Acabei pagando a taxa de filmagem de LE$ 35,00 (R$ 12,00), assim deu ora filmar alguma coisa pra se ter uma parca idéia do que é o show.

Seti Hotel em Abu Simbel



sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Dia 8 – Abu Simbel – Cairo

Esse foi daqueles dias que nunca deviam acabar! Acordamos as 5 Hs porque as 6hs o guia ia nos pegar pra levar para o templo de Abu Sibel. O nascer do sol se daria as 6:45 hs. Chegamos no templo, não tinha mais que umas 20 pessoas (a maioria japoneses). Sentamos com o guia em frente ao templo de Ramsés e ele nos passou as informações principais da história da remoção dos templos pela UNESCO nos anos 1960, e nos mostrou em fotos os principais painéis que veríamos no interior dos templos.
Nascer do sol em Abu Simbel

Evidentemente a amostra de fotos já nos foi oferecida porque não se pode tirar fotos no interior dos templos. Aguardamos o nascer do Sol (um espetáculo lindíssimo) e entramos no templo principal. Acredite, não tinha ninguém lá dentro. Depois que já tinha visto uma ou duas salas é que começou entrar um ou outro japonês. Daria até para fotografar algumas paredes, porque o guarda estava fora do templo, mas resolvi respeitar a proibição. É um templo simplesmente maravilhoso, ainda mais podendo conhecer sem nenhum tumulto. Entrei em todas as salas e o santuário nos fundos. Diz o guia que nos dias 22 de fevereiro (aniversario do Faraó Ramsés) e 22 de outubro, sua coroação, o sol ao nascer bate de frente da estátua de Ramses. O santuário possui 4 estatuas, Ramses sentado ao lado dos deuses Ra-Harakhty, Ptah e Amon. Diz que depois dessas datas o sola nasce iluminando Rá e depois Amon, mas nunca Ptah, pois este é deus das trevas.

Terminamos a visita aos dois templos em duas horas, assim as 8:30 hs estávamos de volta ao hotel para tomar café da manhã. O guia passou para nos pegar as 11 hs, pois tínhamos que pegar o vôo das 12 hs, de volta para Aswan e depois ao Cairo.









Não sei por que motivo nos colocou na primeira classe, no vôo de Aswan – Cairo. Eita conforto!!!
Chegamos as Cairo as 16 hs e fomos apanhados pelo guia da agencia, Mohamed Fernando, que nos levou ao Hotel Pyramisa & Casino, na região central do Cairo. É um hotel 5 estrelas, um pouco envelhecido, mas muito bom.  O quarto é enorme, tem uma sala para 2 ambientes, cozinha, banheiro e 2 quartos. Deve ter uma área de uns 80 m2.

Apesar do cansaço de acordas cedo e encarar 2 viagens de avião, resolvemos encarar um jantar no Nilo.  Já tinha pesquisado na internet que os melhores barcos eram o Maxim e o Pharaós. O guia me ofereceu o Maxim por $ 50,00 euros por pessoa, mas achei muito caro e resolvi me virar. O Pharaós é ligeiramente mais barato, e ainda o barco é todo decorado como os antigos barcos dos faraós, portanto mais típico, Pedimos na portaria que se fizesse a reserva e as 8:15 chamamos um taxi e fomos para o barco.

O embarque fica na frente do Hotel Four Season,  bem perto do hotel. Não deu mais de 5 minutos de carro. Demora porque mesmo na noite de sábado o transito no Cairo é entupido.

Embarcamos no barco restaurante, dando inicio ao jantar, do estilo bufet. Meu Deus, como os egípcios atacam e fazem prato de trabalhador.    Pior é que no fim fica um monte no prato, acaba indo tudo para o lixo. Durante o jantar tem uma musiquinha de violão. Depois, veio um show com um cantor e uma cantora com musica árabe. No final, um grupo de musica típica egípcia e uma bailarina de dança do ventre simplesmente espetacular. Teve ainda uma dança de sufir, aquela que fica rodando, mas só como espetáculo, nada esotérico como em Estambul.

Final da conta: LE$ 200,00 por pessoa mais bebida, deu para os dois LE$ 500,00 e mais LE$ 100,00 do taxi (pagamos caro). Total 600 libras que dá R$ 200,00. Acabou saindo uns 20% mais barato porque nos 50 euros não estava incluída bebida.


Fotos do jantar no barco Pharaos - no nilo