domingo, 7 de novembro de 2010

Dia 6 – Aswan

Hoje a programação é intensa, mas pelo menos começou mais tarde, pois já estamos em Aswan. O barco atracou logo de manhã. Na manhã tinha previsto um tour em Aswan, começando pela barragem que fornece energia elétrica para todo o Egito, uma obra feita em conjunto com o governo da Russia (ou União Sovietica). Tem até um monumento comemorativo. Essa barragem é que dá origem ao lago Nasser, assim andando na crista da barragem se vê o Rio Nilo de um lado e o lago Nasser a montante. Enfim, vale pela curiosidade, mas nada comparado a uma Itaipu.
Barragem de Aswan

Saindo da barragem fomos a pedreira de granito de onde se extraíram  todos os obeliscos e outras peças em granito dos templos, como o teto da câmara do rei na  pirâmide de Queops. Essa ultima informação foi respondida pelo guia, mas não sei se é verdade, porque eles nunca dizem que não sabem. Enfim, nesse local tem um obelisco inacabado de onde se pode conhecer o método que eu eles utilizavam para extrair as peças. Esse obelisco se quebrou antes de ser retirado e foi deixado. Passeio interessante, mas nada imperdível.

Daí fomos ao templo de Filae, que é um templo dedicado a deusa Isis e que ficava situado na ilha de mesmo nome, mas que submergiu quando da construção da barragem. Aconteceu um esforço da Unesco e o templo foi transportado para ilha de Agilika. Chega-se a ilha com umas barquinhas de motor de popa, uma bagunça, como tudo aqui. É pitoresco. Passamos ao lado do templo quando se esta chegando de barco e é uma visão imperdível.
Pilone do Templo de Isis em Philae

O templo não é muito grande, mas também se encontra semi destruído nos relevos das paredes por conta da passagem dos cristãos pelo Egito. Na sala hipostila se encontram cruzes em baixo relevo cravadas nas paredes e um pequeno altar escavado na parede. Como se trata de um templo relativamente novo tem até uma capela construída pelos Romanos (Imperador Trajano), a estrutura do templo encontra-se praticamente intacta. Esse passeio não se pode perder.

Saindo de Filae fomos à seção de “caça aos turistas”. O guia nos levou para uma fabrica de essências egípcias. Um breve teatrinho de como se fazem os frascos soprados, nada de novo e nos foi indicado um vendedor para oferecer e explicar as essências. Acaba-se sempre comprando alguma coisa, levamos um frasco de vidro para usar como enfeite, uma essência do que se diz ser a base do Chanel nº 5 e uma essência que diz curar dor na ciática. Se esse ultimo funcionar já vai ter valido a pena.

A Rita pediu para o guia levar em um lugar bom pra comprar algodão egípcio e ele nos levou a uma loja chamada “DARWISH”. Uma loja muito chick e com produtos de alta qualidade. Aqui comecei a aumentar minha coleção camisetas, comprei uma branca com inscrição em hieróglifo e duas blusas de moleton com algodão egípcio. A Rita comprou lençol e fronhas tão sonhadas. A conta não foi barata, saiu LE R$ 1.600,00 (R$ 500,00), mas é produto de alta qualidade. As tais de pashimiras vendidas no mercado a R$ 5,00 aqui é mais de R$ 400,00 (evidentemente de outra qualidade). Nessa loja não tem pechincha.

Volta ao barco para almoço e as 15:30 hs saída novamente para o passeio de Feluka, um barco a vela típico do Egito. O passeio sai de um embarcadouro e leva até a ilha de Kitchner, um local onde um Inglês fez sua casa e criou um jardim botânico com palmeiras do mundo inteiro. Vale pelo passeio de Feluka que propicia um visual muito bonito com varias Felukas navegando. Aqui terminaria o roteiro da tarde, mas resolvemos fazer um passeio opcional para uma comunidade Nubia.

Por um preço de US$ 50,00 por pessoa, lá fomos nós, pegamos agora uma velha lancha com motor de popa, aquelas cobertas como existe em Santos. Visual muito lindo, passando ao lado de dunas desérticas.  Paisagem mesclando o Rio Nilo com as dunas. Pena que o Rio Nilo se encontre mal conservado, podendo-se ver alguma sujeira e latas de Pepsi-cola.
Barco indo para aldeia Nubia

Chegamos num embarcadouro da comunidade Nubia, tinha muita gente e muito camelo, uma zona total. O guia pediu pra esperar para ele ir negociar os camelos. Pensamos que fosse tranqüilo andar de camelo como foi em Gizé, mas que nada, não sei se é outra “marca” de camelo, mas a coisa foi terrível. Não conseguia parar no lombo do camelo, parecia que ia cair, e pra piorar, o camelo ainda andava na beirada do barranco. 

Bem chegamos vivos e fomos visitar uma casa núbia. Coisa já preparada para turista. A Rita pegou um filhote de crocodilo no colo, mas o bichinho não gostou muito e quase lhe deu uma dentada na bochecha.
Seguuuuura Crocodilo

Tomamos um refrigerante e experimentamos o pão preto deles molhados numas gororobas tipo rapadura mole. Voltamos de barco para o embarcadouro de Aswan, pegamos um lindo por do sol no Nilo. Não satisfeita a Rita fez o guia nos levar a uma loja que faz a gravação do nome em hieróglifo num cartucho. Ainda bem que tinha junto uma lojinha pra comprar umas miniaturas egípcias. Voltamos para o barco, fomos ao jantar e depois o tradicional rito de despedida do guia e pagamento de caixinha, pra não perder o costume.

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